quarta-feira, 30 de junho de 2010

Me faça querer mais

Me deixa te sentir, no pior dos seus ângulos, deixa eu conhecer cada um dos seus defeitos, mostre-me suas fraquesas, dispa-se de tudo que o mundo impõe, não banque o bom moço, eu odeio isso, fale tudo que pensa, imponha mais, deixa eu te conhecer de todos os jeitos, deixa eu ver tudo que tem de ruim ai dentro.
Eu sou apaixonada por defeitos, eu sou apaixonada por falhas, disfigure-se, arranque suas máscaras, me deixa te sentir transpirando, peito com peito, rosto com rosto, só nós dois, nada separando isso.
Me faça te desejar todos os dias, querer estar perto, não diga que vai ficar, o fácil não me atrai, me faça querer que você fique, me faça emplorar você ao meu lado, me tire o fôlego com atitudes, eu sei que você consegue.
Seja firme ao falar comigo, não me deixe decidir tudo, se imponha, seja forte também, me provoque raiva ao menos uma vez, não deixe eu mandar em você, não deixe eu me acostumar com a autoridade, eu enjoo fácil quando eu mando muito.
Fale não para mim, me force a querer que eu te deseje, pois eu desejarei.
Me chama de sua, mas em hipotise alguma mostre que é meu antes da hora, me deixe sentir ciúmes, me faça sentir prazer, me faça sentir únicamente amada, desejada, mas não a melhor mulher do mundo.
Não me prendo a coisas fáceis de mais, gosto do que é difícil, seja impossivel, seja a minha opção, a minha prioridade, me deixe te desejar com todas as minhas forças, eu gosto disso, eu gosto de defeitos, eu gosto de pessoas disfiguradas, de pessoas núas de falsas impressões, de pessoas que se mostrem assim, sem medo sem nada.
Seus defeitos só manterão você na minha, não esconda-os, por favor.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Escuro

Eu não sei des de quando, nem ao certo me lembro como começou, mas sou assombrada por uma fobia estranha, muitos ainda dão risada quando eu conto meu medo, outros ignoram e dizem " que frescura ". Mas é verdade, eu morro de medo de escuro, não me pergunte o motivo, o escuro me apavora, quando as luzes se apagam, parece que algo vem me sufocar, algo vem me tirar o sono, algo vem me apavorar.
Minhas mãos suam, meus olhos se abrem o máximo que podem, as pupilas dilatam, meu corpo treme por inteiro, o ar que entra pelas minhas narinas parece nunca alcançar os pulmões. E essa sensação de desespero só passa quando encontro alguma coisa ilumida. Uma luz se acende, o coração vai desacelerando aos poucos, o ar encontra os pulmões, a mão para de suar, eu paro de tremer, as pupilas vão se contraindo devagarzinho e eu volto ao normal.
Esse meu medo desesperado de escuro me faz mal, pois ninguém relaxa no claro, é preciso ter todas as luzes apagadas para os olhos se fecharem e qualquer pessoa na terra conseguir sonhar, dormir, descançar.
Creio que boa parte da minha dor de cabeça vem das minhas noites mal dormidas que eu passo driblando o escuro, que boa parte dos meus pensamentos confusos são por medo de fechar os olhos e todas as luzes se apagarem.
Não gosto de ter medo, tenho medo dos meus medos, medo de apagar todas as luzes e aos poucos tudo que me assombra aparecer em minha volta e eu de olhos bem abertos, não enchergar um palmo na minha frente e acabar sendo vencida pelas minhas próprias fraquesas.
É preciso coragem pra vencer uma noite, vazia, silenciosa e escura.
Ainda não estou pronta pra vencer essa fobia, enquanto me falta coragem, todas as noites de todos os dias, procurarei em algum lugar uma luz pra me confortar.
E quem sabe o dia que eu encarar o escuro, com audácia, força, a luz não brilhará diretamente de mim...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

2 anos...

Hoje fazem dois anos sem você aqui vô, aos poucos as lembranças que eram tão vivas vão se apagando, a sua voz vai ficando cada vez mais distante, os dias de sol de inverno ja não me dão mais raiva, não sinto mais seu cheiro na sua casa. Mas o amor e a saudades, esses nunca mudam !
É dificil conviver com uma saudades, saudades de quem eu perdi duas vezes, doeu te ver doente por quase dois anos, sofrendo, sem falar, sem andar, com dor, triste, mas doeu mais ainda procurar o senhor e ver o vazio.
Fui sua primeira neta, talvez a mais mimada, a que mais aproveitou com o senhor, que foi como um pai pra mim.
Se eu fechar os olhos bem forte eu ainda consigo ver os pacotes de figurinhas atras do porta retrato, ou a pizza gelada de lombo no sabado atarde, consigo sentir seu abraço, lembrar do seu sorriso, de ver como tudo vale a pena.
As vezes somos egoístas de mais, não entendemos porque Deus faz certas coisas com a gente, eu não entendia sua doença, não entendia sua partida, foi difícil aceitar o vazio, a saudades, foi difícil vencer a saudades, os medos que eu tinha do mundo.
Mas hoje me sinto mais forte, graças ao senhor, me sinto mais mulher, sei que você tem olhado por mim, por mim e por todos nós.
Eu tenho certeza que se hoje você estivesse aqui, sentira muito orgulho da sua esposa, das suas três filhas e de seus cinco netos, é vô, segunda feira a Marianinha estara aqui, e seremos em cinco !
Eu sinto sua falta, onde quer que o senhor esteja, eu sei que está feliz, que está sorrindo, andando e sentindo orgulho. Eu te amo muito, um amor que não muda, um amor que estara sempre guardado no meu peito, ao lado das lembranças e da saudades.
Eu prometo.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Caixinha de música

Era uma cidadezinha interiorana localizada na Europa, lá fazia muito frio, e as pessoas costumavam ficar abrigadas em suas casas nos dias de inverno.
Outra caracteristica marcante dessa cidade eram as caixinhas de música. Lá se produziam as mais lindas caixinhas de música do mundo. Um trabalho completamente artesanal que precisava ser realizado no silêncio, cada pecinha milimetricamente calculada e colocada em seu lugar com muito amor e esmero.
E é apartir das caixinhas de música que minha história começa.
Era um dia muito frio, naquele ano o inverno estava mais rigoroso do que nunca.
Ao lado da minha casa, era a loja de caixinhas de música do meu avô e eu adorava ficar lá, passei minha infância inteira observando ele trabalhando com seus óculos fundo de garrafa pendurados na ponta do nariz, uma pinça na mão e arrumando cada detalhe de cada uma de suas caixinhas de música.
Aquele dia, eu havia completado 18 anos, mas não comemorei, pois quando acordei bem cedinho, fui ver meu avô em sua loja, e para a minha tristeza ele estava caído no chão, com seus óculos fundo de garrafa e sua pinça, estava sem cor, estava frio, estava sem vida.
Após alguns dias desde a sua morte, resolvi voltar a loja, aquelas caixinhas ainda me encantavam, resolvi dar corda em uma, a mais bonita da loja na minha opinião.
Ela era feita de madeira escura, tinha mais ou menos um palmo e meio, em cima dela uma bailarina, que ao terminar de dar corda, uma música de aspecto muito melancólico e triste embalava sua dança. Mas o que mais me chamava atenção nessa caixinha, era a expressão da bailarina, era triste, parecia frustrada, e quanto mais dava corda, mais triste ela parecia.
A imagem do rosto frustrado embalado por uma música extremamente triste ficou habtando meus pensamentos por dias, mas resolvi ver as outras caixinhas de música, dei corda em cada uma delas. Na que tinha dois cisneis que rodavam em circulos ao som de uma música que passava calma, na que tinha duas crianças em uma gangorra e era embalada ao som de uma música alegre, na que um casal dançava ao som de uma valsa. Era uma mais encantadora que a outra, mas sempre que me restava um tempo eu dava corda na bailarina triste.
Resolvi leva-la para casa, fiquei olhando, dei corda diversas vezes, notei que ela tinha um fundo falso, abri, e la continha um papel meio embolorado com um pequeno texto:
" A música que sempre embalou minhas danças, me deixa triste, sempre a mesma coisa, o maior prazer se torna um trabalho manual frio e monotono, onde a música só toca se alguém gira, gira, gira a pequena chavinha que dá corda, logo a música acaba e a pessoa cansa de girar, e a minha dança é esquecida.
Quero algo a mais, não só um pequeno ato mecânico que me mantém viva por uma fração de minuto, quero dançar ao som das mais belas canções, me liberte "

Eu estava completamente convencida de que não havia sido meu avô que tinha feito aquela caixinha, muito menos aquele texto.
Um dia, quando estava tirando pó da loja, um rapaz de olhos encantadores que me paralizaram no mesmo instante entrou e disse que estava procurando uma caixinha de música especifica, uma que tinha os olhos tristes de uma bailarina, eu sabia exatamente de que ele estava falando, peguei e entreguei a ele, no momento em que ele dava corda, a música não era mais triste, a dança não durou uma fração de minuto e a bailarina sorrio.
Aquela caixinha de música, era meu coração, ferido, que não suportava mais dançar por pequenos momentos e acabar sempre com a música melancólica e o semblante triste, ele queria mais, precisava de algo que tocasse lá no fundo, uma música que não parace, que não precisasse ficar dando corda.
Dessa vez ele havia encontrado , e a bailarina dançou as mais belas músicas por anos e anos.

domingo, 20 de junho de 2010

Não mais

Hoje eu sonhei com você, foi tão lindo, você tinha flores nas mãos, e eram pra mim.
No sonho eu ficava encantada com elas, o que é engraçado porque eu odeio flores.
Acordei e senti saudades, mas não ousei te procurar, o destino fez isso por mim.
Quem diria que eu encontraria numa esquina qualquer de uma rua qualquer, bem hoje que eu sonhei com flores.
Foi bom te ver, te abraçar, sentir seu cheiro, o seu olhar estava brilhando, isso só acontece quando sua vida está muito boa.
Ainda conheço cada detalhe seu, conheço seus sorrisos, conheço seu cheiro, conheço seu jeito de falar, sei o que acontece como se eu tivesse te programado. Mas mesmo assim é incrível como você ainda me surpreende, mesmo sendo tão previsivél.
Dessa vez não, não vou gritar por uma segunda chance, acho que ja percebi que posso ser feliz sem você por perto (embora ainda não tenha descoberto como).
Mas hoje, bem hoje você me olhou diferente, disse que tinha saudades, por favor não me pessa pra escolher de novo, pois eu insistirei em fazer a escolha errada.
Você sempre foi minha escolha errada, e des do começo tudo que fizemos foi tentar e tentar e tentar.
Agora é hora de dar certo, eu insisto, não me pessa pra escolher, não hoje, pois agora eu to indo embora, não sei por quanto tempo, nem se vou voltar.
Eu não estarei mais a sua espera, então por favor, não espere por mim também.
Vamos descobrir como é ser feliz sozinhos, mesmo sabendo que ao seu lado é muito mais fácil.
Mas essa felicidade doi muito pra ser plena, vamos caminhar no sentido oposto.
Não tenho mais tempo pra cometer erros, e como eu disse, você sempre foi o meu maior erro.
Nunca fui boa com despedidas, mas agora eu juro que vou, e juro que não sei o que acontecerá daqui pra frente, mas eu vou ser feliz, vou descobrir como e desejo que você também descubra.
Tem uma hora que precisamos parar de insistir no mesmo erro, e essa é a minha hora de desistir do meu melhor erro...
Não falarei mais nem uma palavra, vou embora, e andarei para muito longe, em direção ao desconhecido, terei mais certeza que não me machucarei do que se continuar com você, você tem tantos defeitos e conheço e me incomodo com cada um deles.
Obrigada por ter sido meu erro, por ter sido meu ar, e por me libertar, agora que você quer que eu volte eu te digo, meu amor, obrigada por ter me ensinado a voar pra longe, pois estou indo pra lá agora.

sábado, 12 de junho de 2010

sozinha.

Hoje eu 'tava caminhando na rua, o vento frio parecia congelar a ponta do meu nariz, eu tinha o mundo em meus pés, tinha um esboço de sorrios no meu rosto, um olhar distante, que no fundo estavam estampados alguns sonhos meus.
Tenho sentido ultimamente o coração mais leve, parece que me livrei de um peso, de manias que se estampavam em minha felicidade, descobri que quando me livro daquilo que me servia de alicerce, quando fico realmente sozinha, eu aprendo a ser forte.
É estranho olhar pra frente, não ver mais planos, não ver mais promessas, e não ver mais sonhos, saber que hoje eles estão aqui, num lugar que era seu e agora são lembranças.
É logico, não é gostoso seguir sozinha, só que não é dolorido, é vazio, mas é um vazio "completável" diferente de um vazio de algo que faz falta e eu sei que não terei.
Começar uma nova fase, com novos pensamentos, uma nova pessoa está nascendo, dando lugar a novos conseitos, a novos sentimentos.
Não me culpe se eu mudar de mais, estou disposta a isso, sou assim, não sei viver por muito tempo sendo sempre a mesma em tudo, sou o tipo de pessoa que enjoa fácil.
Hoje, por exemplo, decidi mudar de perfume, aquele cheiro ja não me descrevia, aquele cheiro me lembra sentimentos que já não existem, me lembra o verão, e agora está frio lá fora.
Vou seguir, continuar vivendo, mas dessa vez, só por mim, não desisti do amor, quero apenas um tempo dele.
Me deixa, me deixa mundo, me deixa vida, me deixem pessoas, que hoje eu quero seguir o MEU caminho.

domingo, 6 de junho de 2010

O velho das pilhas infinitas, rs.

Todos os dias, lá pras 18horas, eu subia a Consolação e ia em direção ao ponto de ônibus . Mas toda vez que eu passava na esquina da augusta com a paulista uma figura me chamava atenção.
Era um senhor de mais ou menos uns 50 e poucos anos, parecia um morador de rua, ou alguém bem pobre. Sempre acompanhado de seu cachorro e sua carrocinha de material reciclável, mas a coisa que mais me chamava atenção, é que todos os dias no mesmo horário, fazendo chuva ou sol, calor ou frio, ele estava lá em cima de um negócio de cimento que ele havia feito de palco, com um fone de ouvido e um radinho de pilhas na mão, dançando, no meio de toda a confusão de um horário de pico, no meio de pessoas com pressa, pessoas irritadas.
Confesso que muitas vezes eu passava com dor nos pés, dor de cabeça, irritada, com fome e tinha uma vontade bem grande de empurrar aquele "velinho maluco" que dançava e sorria olhando pro nada, de la de cima (parecia que a felicidade dele me incomodava). Nos dias que eu passava de bom humor, tinha vontade de perguntar onde ele compra as pilhas dele, ja que todos os dias ele está la dançando ao som do seu radinho.
Uma certa tarde ( em que eu estava de bom humor) cheguei bem perto dele e fiquei o observando.
Fones velhos cobriam os ouvidos com músicas que provavelmente estavam tocando nas rádios, olhar distante (porém não era um olhar vazio) fitavam o "nada" em meio a confusão da paulista, um sorriso meio desdentado (mas bem largo em seu rosto) e o corpo que se movimentava sempre no mesmo ritmo, na mesma vibe e não havia nada que fizesse ele parar de dançar, não dava pra negar, seus olhos mostravam que ele era alguém feliz.
Foi preciso 3 cutucões fortes na perna dele (juro que não estava tentando derruba-lo) para ele me olhar, indginado pois alguém havia atrapalhado a sua dança, ele ficou me encarando por uns 30 segundos antes de dizer:
- O que deseja minha jovem ?
Fiquei tentada a perguntar sobre as pilhas dele, mas queria conhecer um pouco mais daquela figura.
- Eu gostaria de saber, o por quê o senhor fica o dia todo ai, dançando.
- Eu fico aqui porque eu gosto oras, eu adoro dançar e depois de revirar lixo atras de papelão dia todo eu venho aqui.
Ele pois o fone novamente e voltou a dançar, fiquei mais uns dois minutos encarando aquela figura e tentando entender o que leva alguém ignorar o mundo, perder a vergonha e dançar no meio do "coração de são paulo"
Fui andando até o ponto de ônibus, mas minha mente continuava lá, na esquina da paulista com a augusta, aquele senhor, aquele cachorro, aquela dança.
Demorou um tempo pra eu perceber o que significava simplismente dançar, para aquele senhor, não importava o quanto as pessoas estavam andando de cara feia ao seu redor, o quanto o sol esquentava ou a chuva esfriava, em cima do seu palco improvisado, ele fazia algo que lhe dava prazer. Ele dançava, não ligava se alguém ficasse o encarando por horas, não ligava se seu rádio estava sem pilha, se o dia não estava tão bonito, ele simplismente fazia o que gostava.
E as vezes, no meio de tanta rotina normal, falta na gente um pouco do espirito do " velho das pilhas infinitas ", que transforma um cenário normal do cotidiano em palco para nossa dança. Falta na gente coragem de encarar o mundo que é cheio de pessoas mal humoradas (que morreriam de vontade de te empurrar) e subir em qualquer tipo de palco emprovisado pra simplismente fazer o que gosta. Mesmo que o que você goste seja a coisa mais bizarra do mundo (como dançar em pleno horário de pico na av paulista).
Não podemos viver do que é comodo, precisamos muitas vezes procurar a nossa esquina e encarar todo o mau humor do horario de pico e dançar, sem olhar pras pessoas que ficam indgnadas fitando os olhos na nossa dança, sem ouvir o som de fora, sem ligar pra nada, apenas dançar, com o olhar que é diatante mas não é vazio e um sorriso no rosto. Igualzinho o "velho das pilhas infintas"
Não existe hora nem lugar para ser feliz, escolha sua esquina e boa dança!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O tempo passou, não consigo mais gostar de você.
Assim, você em si sabe, essa pessoa que você é hoje, completamente diferente da pessoa que eu conheci.
Não te vejo como amigo, não quero alguém assim como meu amigo, não te vejo como homem, não quero uma pessoa que regrida mentalmente ocupando meu coração, conhecidos intimos talvez.
Mas ai, existem lembranças...
Lembra, um cara queto, timido, de pouquissimas palavras, uma pessoa que me conquistava com sorrisos, amigo, preocupado.
Odiava role, odiava as merdas que eu fazia (e eram muitas, confesso), odiava status.
Essa pessoa, de vez em quando, volta e habita meu peito enchendo ele de saudades, mas é uma saudades de algo tão, tão, tão distante que chega a não existir mais.
Quase uma saudades platônica.
Queria saber, o que te levou a se tornar isso ? O gatinho de role .-.
Tu era tãão diferente, ideais diferentes, vida diferente.
Paciência né ? Cada um segue seu caminho, to seguindo o meu, fazendo escolhas dificeis, mas eu não vou me intrometer na sua vida.
Seja feliz, mas por favor, enquanto essa casca de futilidade envolver seu ser, fica longe ta ?

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Não vou lembrar.

Hoje eu decidi que passaria um dia inteiro sem lembrar de você.
Logo que acordei abri os olhos e não tinha sonhado com você me abraçando, foi ótimo, tomei leite quente, porque eu sabía que gelado me lembraria você, não assisti 500 dias com ela, pois esse filme me lembra você.
Não fui no mercado, pois no mercado tem coisas que me lembram você, não puis na mtv porque eu previa que ia tocar alguma música que me levaria até você.
Não fiquei esperando o pôr-do-sol, que eu tinha certeza que seu rosto apareceria no meio das mil cores do céu, não me preocupei muito com a maquiagem, maquiagem de mais me lembra você, não usei tênis, você gosta de mulher de tênis, não passei o perfume de baunilha, pois um dia você me disse que lembrava de mim com esse cheiro (logo, isso me lembra você)
Não contei histórias sobre você, não comi nada que eu tivesse certeza que você gosta, não sai, a rua me lembra você.
E no fim do meu dia eu percebi que também não havia sorrido, sorrir, de alguma forma ridicula, me lembra você.
Então cheguei a conclusão que não posso me livrar de tudo que me faz lembrar você, não posso me livrar das suas manias empregnadas na minha felicidade.
Deve haver outro jeito de tirar você de mim, agora só falta descobrir qual. :)

terça-feira, 1 de junho de 2010

Falta.

Existem muitas formas de desabafar, eu prefiro escrevendo, tirando do peito coisinhas que não sei dizer por ai.
Não vou me importar se ninguém ler nada que eu escrever aqui, no minimo estarei tirando isso de dentro de mim.
Então tá, é pra desabafar certo ?
De uns tempos pra cá eu venho sofrido de um mal, um mal grave, se chama carência, ou abstinencia, falta de algo que não sei ao certo o que é.
Não sei se é falta de amor, porque no fundo acho que nunca fui amada de verdade a ponto de sentir falta, (é possivél sentir como se tivessem arrancado do nosso peito algo que nunca foi nosso ?) Talvez seja falta de amar, mas amar o que ? eu amo tantas coisas, tantas pessoas, amo sem medo, então o que me falta?
Sinto falta, talvez de estar com alguém, falta de acordar no meio da madrugada com o celular tocando e uma voz dizendo " eu tive um sonho ruim, precisei ouvir sua voz para me acalmar " ou então algumas pequenas coisas cotidianas, mas que uma intimidade entre duas pessoas as tornem mais especiais, especiais a ponto de me arrancarem um sorriso quando estou sozinha e lembro ou então vejo algo que me lembre.
Sinto falta de quando os diar eram quentes, e os nossos suores se juntavam, mas não era nojento, era gostoso te ter por perto, te sentir em mim mais do que nunca.
Sinto falta de ter os olhos brilhando quando escuto uma música, mas não brilhando porque tem lágrimas neles, brilhando porque por algum motivo aquela música me faz lembrar alguém especial.
Eu sinto falta de poder escrever coisas bonitas, e quando essas palavras atingirem alguém, que arranquem sorrisos de alegria do rosto dessa pessoa.
Sinto falta de alguém olhar nos meus olhos, sorrir e dizer " sou louco por você " " com você eu tenho certeza " e me perguntar se será possível mesmo eu ser tudo isso.
Sinto falta de ser tão indispensável pra alguém, de ser rotina, de ser paixão, de ser parte da vida, mas acho que essa é a falta mais vazia que existe, nem sei ao certo se alguém ja sentiu isso por mim, esse desejo, esse amor tão grande que me torne indispensável.
Eu queria ao menos uma vez não esperar tanto, não ficar olhando pro celular como se uma vóz do além fosse me ligar e me salvar dessa angustia que a falta traz, uma vóz que diga "ta tudo bem eu estou aqui "
Queria poder acordar um dia sem pensar quanto tempo ainda vai demorar pra esse aperto no meu peito passar, pra essa dor imensa, pra essa sede de voltar a ser a " mulher mais feliz do mundo" me deixar em paz.
Queria não ter lembranças, lembranças do que você era, lembranças de como você fazia eu me sentir. Não é você em si, mesmo porque ja nem sei mais quem você é. As pessoas mudam certo ?
Mas aqui dentro, la no fundo, eu sinto falta de um abraço sincero que confirme com todas as minhas forças o quanto eu sou capaz de ainda ser a mulher mais feliz do mundo.
Eu queria UM DIA que esse pontinho vazio no meu peito, que faz com que toda vez que eu respire, sinta cocegas no estomago, sumisse, não me atrapalhasse, não me impedisse de tentar viver, de tentar levantar.
Seria tão bom se eu pudesse esvaziar tudo, tudo que me lembra você, mas ser feliz me lembra você, estar bem me lembra você, não exatamente você, mas me lembra nós, você ja não existe mais," nós " existe menos ainda, mas mesmo assim, alguma coisa aqui dentro acha que eu vou acordar e tudo vai mudar, eu vou acordar sendo a mulher mais feliz do mundo.
Mesmo eu olhando pro céu e vendo tudo nublado, mesmo o vento estando muito frio agora secando todo aquele suor que nos unia de um jeito tão completo, mesmo quando não chove, porque por algum motivo as gotinhas de chuva me lembram você, mesmo com TUDO mudado, com uma vida diferente, tem alguma coisa nessa merda de coração que não me deixa tirar isso do meu peito.
Eu quero tirar, eu quero ser a mulher mais feliz do mundo soziha, quero estar bem, conhecer gente nova, mas como eu disse, o simples fato de estar feliz, ja me lembra você.
Não quero ter que me desprender de todas as coisas que você me trouxe, não quero matar esse mundo que você criou e nunca mais voltou pra me salvar, eu só quero te desempregnar de cada detalhe dele, de cada virgula, de cada palavra, de cada letra de música, de cada sorriso meu, de cada abraço, de cada beijo, de cada lágrima, de cada dia, de cada vez que eu respirar e sentir cocegas no estomago de solidão, de cada gotinha de chuva, de cada amigo meu, de cada lugar por onde eu ando, de cada casal ridiculo que eu encontro na rua, de cada conversa, de cada texto.
Mas você sempre da um jeito de voltar e estar nas minhas entrelinhas, mesmo eu odiando, mesmo eu não querendo, mesmo eu QUASE te esquecendo, você continua aqui empregnando meu dia de vazio e falta de alguma coisa que eu não sei o que é.

MORRA :)