quinta-feira, 22 de maio de 2014

Turbulência

Há um tempo eu tenho me esforçado para esbanjar serenidade. Controlo furacões e tempestades que se criam dentro de mim, transformo todo tipo de turbulência em calma. Resta só a brisa, a marola e a apatia.
Percebo que tenho me tornado algo que não sou, apenas pelo fato de grandes efusões repelirem as pessoas.
Não é da minha essência passar de raspão, observar de longe, viver pela metade.
Gosto do que marca, do que tira o fôlego, do que faz voar.
Gosto da bebida que queima, do cigarro que pega na garganta, do café forte. Gosto do abraço que sufoca, do beijo que incendeia, do amor que dói o peito, do prazer que arrepia o corpo inteiro.
Não quero mais ter que controlar os meus instintos para não causar grandes impactos em pessoas superficiais.
Eu quero tudo que  pode ser oferecido de mais intenso.
Quero sentir o corpo chegar ao extremo e ver a vida transbordar.

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