sábado, 29 de janeiro de 2011

amor nunca foi um verbo.

Uma parte de mim precisa ir embora, eu sei, ja não me pertence. Mas quando não resta mais nem um fio de esperança eu me agarro em um futuro do pretérito, onde viveriamos felizes para sempre, e sonhariamos com nossos filhos, cachorros, casa na praia com cerquinha branca, nas tantas vezes que esperariamos o sol nascer, e o quanto poderiamos nos dar bem.
Nada disso aconteceu, nada disso vai acontecer.
Você precisa ir embora, ja não pode mais ser uma parte de mim, existe um mundo, cheio de presentes e futuros, viver no futuro do pretérito, lembrando o que não voltara e o que nunca aconteceu só traz mágoas, só me prende num mundinho todo construído pra você, sem pontos finais, sem virgulas e eu fico la, perdida, pois no seu mundinho fui apenas algo entre parenteses, nada além de um preterito perfeito.
Mas amor não é tão simples, é preciso ser sempre conjugado na primeira pessoa do plural, nunca sozinho, nunca um amor pode ser completo só de "eu" ou de "tu".
Então agora eu deixo tu ides embora, e vou conjugar verbos como sonhar, sorrir, viver.
Afinal de contas, amor nunca foi um verbo.

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